terça-feira, 12 de outubro de 2010

Realidade Cruel

Numa festa social dois sujeitos conversam:

- Olá, Me disseram que você é músico?
- Sim.
- Nossa, e que instrumento você toca?
- Toco ZABUMBA.
- E toca em quais orquestras?
- Na OSESP e na OSUSP.
- Que beleza, hein? Deve ser cansativo, não?
- É o trabalho, né?!
- Admiro vocês músicos, grande profissão essa. Até queria
que meu filho fizesse música, mas o garoto não tem
jeito, insiste que quer ser médico ou advogado.
- Ah, hoje em dia é assim, a garotada não tem jeito.
Mas, e você, o que faz da vida?
- Eu sou médico.
- Jura? Mas como assim?
- Trabalho no Hospital das Clínicas.
- Clínicas, não conheço. E faz o que lá?
- Sou cardiologista.
- Mas você tem um emprego, não tem?
- Então, trabalho no hospital.
- Nas horas vagas?
- Não. Esse é o meu emprego.
- Mas ganha pra isso?
- Ganho sim, dá pra viver.
- E você não estudou? Não quis saber de faculdade?
- Estudei, fiz faculdade de medicina.
- Ah, é? Não sabia que tinha. Interessante. Sabe, eu
fui médico amador quando era jovem, uma vez fiz até uma
operação num rapaz que tinha sido atropelado. Usei uma
flanela de carro pra estancar o sangue e uma faca pra
abrir a barriga do rapaz e parar a hemorragia. Eu ate
gostava, mas não levava muito jeito pra coisa. E aí
minha mãe até disse: "Larga disso, garoto, vai estudar
música”.
- É, queria ter tido uma mãe assim.

Pois é, ninguém é médico, engenheiro, advogado amador.
MAS TODO MUNDO É MUSICO AMADOR!

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